A grande mudança conjuntural dos últimos anos, diz respeito a adaptabilidade e sobrevivência das empresas. As mudanças políticas e econômicas aumentaram a complexidade das situações operacionais enfrentadas por muitos empreendimentos e a necessidade por medidas mais contingenciais que pudessem ser usadas para minimizar os riscos de insucesso do negócio.
Diante dos possíveis cenários da realidade e do contexto na qual a empreendimento se insere, cada vez mais, estar conectado com o futuro é uma condição sine qua non para o sucesso. Aplicar técnicas de gestão, adaptando a empresa à sua realidade, aumenta as possibilidades de que ela possa sobreviver e alavancar seu desenvolvimento. O pensamento estratégico auxilia na utilização correta dos recursos tecnológicos, físicos, financeiros e humanos, com o propósito de minimizar as influências ambientais e maximizar as oportunidades identificadas no ambiente organizacional, de modo a conquistar o melhor posicionamento.
Desta forma, a ênfase dada ao pensamento estratégico reflete a proposição de que existem benefícios a serem obtidos com um processo explícito de formulação de estratégia. O desenvolvimento de uma estratégia é, em essência, o desenvolvimento de uma fórmula ampla para o modo como a organização irá se manter e competir.
Peter Drucker observa que dirigir uma empresa não é um comportamento apenas passivo e adaptativo, é tomar providências para que ocorram os resultados desejados.
Pela própria natureza, os empreendedores em sua maioria, não estão acostumados ao tipo de investigação sistemática exigido para desenvolver estratégias, e eles costumam ter dificuldades para encontrar um ponto de partida apropriado. No entanto, depois de examinar as oportunidades, riscos e recursos, o estrategista de sucesso precisa decidir sobre as alternativas e desenvolver uma estratégia básica. Após a adoção de uma estratégia, o empreendedor precisa implementar e então avaliar periodicamente a estratégia em uma nova rodada de decisões estratégicas.
Consciente da constante evolução do mercado e concorrência acirrada, o pensamento estratégico faz-se necessário para buscar novos caminhos, oportunizando identificar aspectos positivos e negativos que estejam ocorrendo na forma da administração empregada, bem como as ameaças e as oportunidades do ambiente externo.
Cada organização tem um conjunto de fatores-chave para o sucesso. Esses fatores recebem influência do contexto em que a organização opera, isto é, a realidade na qual a organização se insere (ambiente competitivo, localização física, história organizacional e seu meio social e político). Para sobreviver a empresa deve ser bem-sucedida em áreas chave como: inovação de produtos, qualidade de produção, acesso rápido ao mercado ou serviço ao cliente, entre outros.
À medida que o futuro se torna cada vez mais complexo, diferente e menos previsível, os sistemas de administração passaram a ter um enfoque mais prudente e cauteloso. A organização passou a ser concebida como um organismo vivo, que possui um ciclo de vida que passa por adaptações e interage com outras organizações e com o ambiente em sua volta. E é desse ambiente que as organizações obtêm recursos e informações necessárias ao seu funcionamento e é nesse ambiente que colocam o resultado de suas operações, que serão influenciadas pelas mudanças na medida em que elas ocorram neste ambiente.
O ambiente de qualquer organização se divide em duas grandes dimensões: o ambiente imediato, onde estão os segmentos que interessam diretamente à organização ou que influenciam diretamente sua eficácia e o macroambiente, ao qual pertencem os segmentos que influenciam todas as organizações semelhantes e a comunidade das organizações em geral. Mas, adaptar a empresa ao ambiente não significa apenas torná-la mais capaz de enfrentar seus concorrentes, porque os desafios vêm de diversas fontes, como, evolução da tecnologia e controle governamental.
Os planos estratégicos dependem da análise dos desafios oferecidos pelo ambiente externo (ameaças e oportunidades) e pelos sistemas internos da organização (pontos fortes, fracos e neutros). No entanto, não basta ver ameaças ou oportunidades antes dos competidores, mas sim de responder a elas de modo mais eficaz.
“Encare a realidade como ela é, não como foi ou como você deseja que ela seja.”
Jack Welch
A realidade exige do pensamento estratégico cada vez mais flexibilidade às contingências. Ignorar ou esquecer que num determinado evento há sempre um conjunto de variáveis que influenciam umas às outras pode ser fatal para qualquer organização.